Moradores de São Paulo sonham um dia em ver o Rio Pinheiros totalmente despoluído, assim como aconteceu com o rio Tâmisa, em Londres, que reviveu em menos de 50 anos. O investimento e a tecnologia necessários não foram poupados nesse trabalho de quase três gerações.
O programa Novo Rio Pinheiros tem o objetivo de revitalizar o Rio Pinheiros por meio da união dos órgãos públicos e da sociedade. A meta é reduzir o esgoto lançado em seus afluentes, melhorar a qualidade de suas águas e integrá-lo à cidade. Por ser um rio urbano, a água não será potável, nem terá possibilidade de natação. No entanto, espera-se a melhora do odor, abrigo de vida aquática e, com isto, trazer a população de volta às suas margens. Também será possível captar investimentos privados, como a concessão do transporte hidroviário para melhoria da malha de transporte urbano.
O Novo Rio Pinheiros é uma ação realizada pela Sabesp, que atua sob coordenação da Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente e em parceria com a Empresa Metropolitana de Águas e Energia (EMAE), Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), o Departamento de Águas e Energia Elétrica do Estado de São Paulo (DAEE) e a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).
Atualmente, o Rio Pinheiros possui 25 quilômetros e é um afluente do rio Tietê, cujo projeto de despoluição e saneamento executado pela SABESP reduziu a mancha de sujeira em suas águas de 530 quilômetros, registrada em 1992, para 122 quilômetros atualmente. No mesmo período, a cidade de São Paulo também ampliou sua capacidade de coleta de esgoto incluindo cerca de 10 milhões de pessoas, que não possuíam ainda esse serviço.
O governo de São Paulo e a Sabesp assinaram em dezembro de 2019, os quatro primeiros contratos com as empresas que estão iniciando parte dos pacotes de obras do Novo Rio Pinheiros, programa que prevê intervenções de saneamento e socioambientais com o objetivo de devolver o Rio Pinheiros limpo à população até 2022.