Você sabia que um país só pode ser chamado como desenvolvido, se o saneamento básico for eficiente? Os serviços de água tratada, coleta e tratamento dos esgotos levam à melhoria da qualidade de vidas das pessoas, reduzindo a mortalidade infantil, melhorando a educação e a despoluição dos rios.
Infelizmente, o Brasil ocupa a 117º posição dos rankings internacionais de países com desenvolvimento em saneamento básico. Segundo o Ministério da Saúde, em 20 anos (de 2016 a 2036), considerando o avanço gradativo do saneamento, o valor presente da economia com saúde, seja pelos afastamentos do trabalho, seja pelas despesas com internação no SUS, deve alcançar R$ 5,9 bilhões no país.
Nesse momento, em meio à crise sanitária do Covid-19, é importante resolvermos questões essenciais – como a universalização do tratamento de água e também de esgoto –, para salvar milhões de vidas e eliminar lacunas que nos deixam tão vulneráveis a catástrofes globais como o novo coronavírus.
No dia 24 de junho, foi aprovada o novo marco regulatório de saneamento básico pelo Senado e sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro, cujo prazo projetado pelos órgãos governamentais é 2040. Para fazer valer o novo marco de saneamento básico, é necessária a regulamentação da legislação e caberá à Agência Nacional de Águas (ANA) fazer esse trabalho.
Atualmente, o Brasil tem 100 milhões de pessoas que vivem sem esgoto tratado e outras 30 milhões de pessoas que não têm acesso à água tratada. A projeção é que mais de R$ 700 bilhões devam ser investidos nos próximos anos em saneamento básico no Brasil.
Os recursos vão trazer muitos benefícios ao país e sua população, como mais geração de empregos e renda, fortalecimento da indústria nacional de equipamentos, geração de novas tecnologias e do desenvolvimento de mão de obra especializada, preservação do meio ambiente e, claro, garantir a todos o direito de acesso a água potável e tratada.