Têxtil RC investe em novas tecnologias para transformar o mercado da moda
Empresa é cliente da Pieralisi com a instalação de equipamento para otimização da estação de tratamento de efluentes
A indústria da moda se engaja cada vez mais em novas tecnologias que garantam melhores produtos e menos impacto ambiental. Para atingir esse objetivo, é preciso observar o mercado, ter os fornecedores certos, apostar nas inovações e valorizar os colaboradores. A Têxtil RC é uma dessas histórias de sucesso que valem ser contadas e replicadas. O diretor da empresa, João Lino Gonçalves, afirma que a tradição da companhia reflete seus valores de atender com qualidade, de forma técnica e inovadora. Ele conta em entrevista que está satisfeito com o atendimento da Pieralisi e que está construindo um legado com olhar no futuro: “uma empresa que atenda o mercado com excelência, respeitando o meio ambiente, com uma equipe feliz e competente.”
1 – No seu entendimento por que a Têxtil RC é referência em qualidade? Qual é o segredo de ser reconhecido em um mercado tão exigente?
João Lino Gonçalves – Empresas são reconhecidas pela sua história. E a história é o reflexo de seus valores. Desde o início de nossas atividades, focamos no atendimento técnico que suprisse as necessidades do mercado e dos clientes.
2 – Além de qualidade e tecnologia, as pessoas também são fundamentais para o sucesso da Têxtil RC?
João Lino Gonçalves – Pessoas são a principal matéria-prima em qualquer atividade. Na nossa, pessoas bem treinadas, com condições adequadas para desenvolver seu trabalho, motivadas e respeitadas são fundamentais no processo. Nosso time é coeso e “remamos” na mesma direção. Divergências de opinião relacionadas aos desafios, são tratadas como oportunidade para aprendermos cada vez mais.
3 – De quem foi a ideia de criar esse negócio de estamparia digital? Que ano começou?
João Lino Gonçalves – Eu acompanhava o mercado de estamparia há algum tempo e sentia que o mercado, apesar de contar com boas empresas trabalhando nesse segmento, necessitava de outras opções. Eu e minha equipe avaliamos o mercado da estamparia convencional (cilindro) e concluímos que a estamparia digital seria o futuro desse mercado, e ainda acreditamos. Em 2015, adquirimos o primeiro equipamento e, desde então, os investimentos em equipe e tecnologia não cessaram, com o intuito de oferecer produtos adequados às necessidades do mercado, que fica cada vez mais exigente e diversificado.
4 – A indústria da moda pode gerar impactos no meio ambiente, por isso é tão importante optar por tecnologias que tenham um processo menos agressivo e mais sustentável a longo prazo?
João Lino Gonçalves – A indústria da moda em geral vem trabalhando com muito afinco para diminuir os impactos ao meio ambiente. Fornecedores de equipamentos desenvolvem máquinas que utilizam quantidades de água cada vez menores nos processos de tingimento e lavagem. As máquinas também consomem menos energia com maior eficiência. Os materiais são mais adequados e eficientes, e os equipamentos são mais seguros, seguindo normas rigorosas de segurança para proteção de quem as opera. Fabricantes de produtos químicos, auxiliares e corantes desenvolvem materiais com maior biodegradabilidade, utilizando matérias-primas menos agressivas ao meio ambiente e respeitando normas internacionais em suas formulações.
5 – É verdade que as impressoras digitais não geram resíduos e seu processo não agride o meio ambiente? Quais outros benefícios que essa técnica oferece?
João Lino Gonçalves – Na realidade, não existe processo para beneficiamento de têxteis sem geração de algum resíduo. O que ocorre com a estamparia digital em comparação com a convencional é um consumo menor de corantes, pigmentos e água no processo, o que realmente contribui com o meio ambiente, na medida em que o volume de resíduos que deverão passar pelas estações para tratamento de efluentes será menor. Outra vantagem dessa tecnologia é a possibilidade de se produzir quantidades menores de tecidos ou malhas, pois diferentemente dos processos convencionais que necessitam de quantidades mínimas elevadas, pode-se produzir volumes mais adequados às necessidades, diminuindo estoques remanescentes das sobras dessas matérias-primas e consequentemente reduzindo o consumo de químicos em geral e efluentes.
6 – A produção vem crescendo? Quais produtos a empresa oferece no mercado?
João Lino Gonçalves – Sim, a produção evoluiu bastante desde a fundação da empresa. O mercado da moda é muito dinâmico, exigindo muitos investimentos em equipamentos, treinamentos, tecnologias e estrutura física que nos permitam estar com o parque fabril adequado às necessidades para desenvolvimento de novos produtos. Atualmente, industrializamos aproximadamente 350 a 400 artigos mensalmente, distribuídos em fibras sintéticas, celulósicas e regeneradas.
7 – Como funciona a parceria com os clientes? Os tecidos são encomendados?
João Lino Gonçalves – Os clientes solicitam o desenvolvimento das estampas ou recorrem ao portfólio oferecido em nosso site, que conta com aproximadamente 4 mil estampas. Muitos desenvolvem suas próprias estampas exclusivas, produzidas internamente ou em parceria com estúdios especializados para esse fim. A natureza é uma grande aliada quando se trata de inspiração para produção de estampas, cores e paisagens.
8 – Desde quando vocês são parceiros da Pieralisi?
João Lino Gonçalves – Nossa parceria com a Pieralisi é recente. Adquirimos um equipamento da empresa para otimização da nossa estação de tratamento de efluentes e estamos muito satisfeitos com o resultado.
9 – Qual é a importância do tratamento do lodo industrial?
João Lino Gonçalves – O lodo é um subproduto da estação de tratamento de efluentes, que concentra os resíduos que não devem ser descartados nos corpos receptores (rios) e são encaminhados para locais adequados, como aterros sanitários, devidamente licenciados por órgãos ambientais, onde é dada a destinação adequada.
10 – Como é o atendimento feito pela Pieralisi?
João Lino Gonçalves – A Pieralisi é uma empresa que atende uma gama bastante variada de empresas dos mais distintos ramos de atividade. A equipe local em Santa Catarina, formada por Fernando Scaburri e o técnico Marcelo Fabiani, foram solícitos e competentes em todos os momentos do processo de aquisição até o startup do equipamento. Não posso deixar de mencionar a participação da Estela Testa nesse processo, que nos atendeu prontamente quando solicitamos sua atenção.
11 – Qual o legado que o senhor gostaria de deixar para o futuro?
João Lino Gonçalves – O legado que gostaria de deixar para o futuro é uma empresa que atenda o mercado com excelência, respeitando o meio ambiente, com uma equipe feliz e competente, gerando recursos financeiros para sua perpetuidade e que seja sempre lembrada por seu profissionalismo, qualidade e capacidade de se reinventar nas adversidades.
